[…] Vede o que ouvis! […]

Marcos 4:24

Frequentemente lastimamos enganos de que somos vítimas ou deploramos obstáculos com que não contávamos, absolutamente desvinculados de advertências edificantes que nos enriquecem a alma.

Esperamos que amigos nos evitem aborrecimentos, que instrutores nos garantam o passo…

As leis que nos regem, contudo, se expressam por evolução, crescimento, disciplina, responsabilidade.

Uma criança, nos primeiros tempos da experiência física, decerto contará com o amparo materno ou com o auxílio de pajens dedicados, a fim de equilibrar-se nos próprios pés; todavia, o tempo desenvolver-lhe-á entendimento e forma, situando-a na idade da razão.

Chegada a esse ponto, a criatura já não pode refugiar-se no regaço alheio para obter apoio e condução.

Colocada entre os adultos, que gravitam em torno de interesses variados, é compelida a defrontar-se com os problemas que lhe digam respeito, de modo a resolvê-los, com vistas à própria sublimação espiritual.

Imperioso, dessa forma, que não se renda culto à desatenção nos caminhos da vida.

Nos menores e maiores acontecimentos do cotidiano, é preciso saibamos analisar, de raciocínio sereno, que sugestões edificantes a fé nos proporciona ou que lições vivas a experiência nos traz.

Imaginemos alguém atravessando a via pública sem a menor consideração para com os avisos do trânsito, ou contraindo dívidas, sem a mínima ideia de que responderá pelos próprios atos.

Claramente que, por fim, esbarrará com desastre e insolvência.

Assim também na vida moral.

Ninguém vive acertadamente sem ponderação, equilíbrio, discernimento, auto-exame. Reflitamos em nossos compromissos, deveres, tarefas, necessidades.

Para que nos premunamos contra disparate e imprudência, Jesus foi persuasivo, exortando-nos pelos apontamentos de Marcos: “Atentai vós que ouvis”.

Título: Atentai vós que ouvis

Autor: Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier

Livro: O Evangelho por Emmanuel: Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Atentai vós que ouvis
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