Um bilhão de pessoas deverão morrer neste século devido ao fumo. A informação, que estampou o noticiário dos principais jornais no mundo, foi divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no início do mês de julho, para maior preocupação dos médicos, instituições dedicadas a combater o fumo e governos.
A nicotina e seus agentes respondem por 5,4 milhões de mortes todos os anos no mundo, causando ainda sérios prejuízos ao sistema de saúde das nações, as quais se vêem obrigadas a desembolsar milhares e milhares de dólares para tratamentos, quase sempre sem expectativa alguma de cura do paciente.
Apesar da grande quantidade de informações que se tem na atualidade sobre os danos causados pelo fumo, o tabagismo continua crescendo em muitos países em desenvolvimento, especialmente entre adolescentes, devendo, justamente por isso, subir o número anual de mortos nos próximos 20 anos para 8,3 milhões, ou seja, quase 3 milhões a mais do registrado agora.
Para frear o problema seria necessário que os governos tomassem medidas como: o aumento de impostos, a proibição de propaganda e a proibição do fumo em lugares públicos, o que poderia reduzir a taxa de mortalidade relacionada ao fumo pela metade até 2050.
Na Tailândia, a incidência do tabagismo caiu de 30% da população, em 1992, para 18%, depois que as autoridades proibiram qualquer tipo de propaganda do cigarro, o que já acontece há 15 anos. Com base em exemplos como esse é que recentemente autoridades de 147 países se reuniram numa conferência a fim de definir leis contra a publicidade internacional do fumo e também contra o contrabando de cigarro, outro agravante para o problema, pois, além de baratear o cigarro para os consumidores, evita que impostos sejam recolhidos, causando danos também econômicos.
De acordo com a Aliança da Convenção-Quadro, que reúne centenas de organizações antifumo, cerca de 600 bilhões de cigarros foram contrabandeados no ano passado, o que corresponde a 11% do consumo mundial. Os males causados pelo cigarro vão muito além da esfera física, repercutindo também na estrutura perispiritual do indivíduo, como esclarecem os benfeitores espirituais na vasta literatura espírita.
Alguns mesmo há que demonstram arrependimento pelo infeliz hábito cultivado na vida terrestre, como o Espírito Antônio Sampaio Júnior, que, não obstante ter sido, na sua última encarnação na Terra, membro efetivo de um grupo espírita, desde a sua fundação, era fumante inveterado. “Dois flagelos ainda agora me atormentam: o costume de fumar e a conversação sem proveito” – desabafou Sampaio em mensagem enviada pelas mãos do médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 22 de março de 1956, aos seus amigos de ideal.
A literatura espírita mostra ainda como os hábitos ruins da criatura encarnada atraem para junto de si os Espíritos sofredores, os quais buscam sorver junto de suas vítimas as sensações provenientes de vícios dos quais eles não conseguiram se desvencilhar depois da morte, dando origem assim aos processos obsessivos.
É o que deixa claro, por exemplo, André Luiz, no capítulo 15 do livro “Nos domínios da mediunidade”, psicografado por Chico Xavier, no qual o conhecido benfeitor anota sua visita com um grupo de Espíritos a uma casa noturna. “Transpusemos a entrada.
As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal-estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outros aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes” – informa André Luiz.

E com base em todos esses esclarecimentos, vale recordar as palavras de Emmanuel, no livro “Vinha de Luz”, também psicografado por Chico Xavier, no qual, no capítulo intitulado “Vaso”, afirma: “O vaso da criatura é o corpo que lhe foi confiado. (…) É imprescindível reconhecer que cada criatura deve saber possuir o próprio vaso em santificação e honra para Deus”.


Fonte:Boletim SEI – SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES – http://www.lfc.org.br/sei

Consequências do Fumo
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