Artigo de Divaldo Franco, publicado hoje, no jornal A Tarde, coluna Opinião – 11/02/2016

Passaram os dias festivos da grande bacanal, que a uns indivíduos quase os enlouqueceram na busca orgíaca do prazer exorbitante, como se a existência humana tivesse por finalidade apenas o gozo. Agora é a realidade sem fantasia, sem música ensurdecedora, sem ilusão. É o momento de avaliação do prazer frustrante que foi muito rápido, não permanecendo quanto tempo gostariam os foliões. No momento quando fizerem um retrospectivo das sensações vivenciadas, dos compromissos assumidos, das mentiras românticas e promessas de venturas, dos efeitos dos disparates a que se entregaram, fugindo do dia a dia para o vórtice do vulcão da entrega do corpo e da alma até a consumpção, que virá como consequências das imprudências, do álcool em abundância, das drogas ilícitas e criminosas, dos mentirosos afetos de ocasião, dos relacionamentos sexuais descuidados e sem sentido é que serão tomados de surpresa… Será inevitável constatar as despesas que poderiam ser aplicadas de forma saudável, nestes dias de dificuldades econômicas que o país atravessa, de desemprego e da pandemia provocada por insignificante mosquito, portador de doenças perversas ainda em incógnita algumas delas e dos seus danos. Sendo verdade, o que foi apregoado pela mídia, sobre possível contaminação pelo beijo, após os outros meios já conhecidos, dobrar-se-ão os imprevidentes sobre os próprios escombros orgânicos e emocionais, aguardando soluções milagrosas, ou atirando-se ao desespero e à agressividade. Gestações indesejadas que terminarão em abortos criminosos, desilusões amargas surgirão em milhares de pessoas despreparadas para as lutas e o estoicismo, serão mais algumas das consequências do carne nada vale. A existência física é um tesouro inestimável que Deus nos concede para a conquista da plenitude, acredite-se ou não na imortalidade da alma, que todos constataremos oportunamente. Retira proveito da lição preciosa e vive com sabedoria.

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