Francisco
Francisco amava a natureza bela,
Frondes airosas e flores pequenas
Beijadas por minúsculas falenas
Ou banhadas por rústica procela.
Sonhava entre os regatos cristalinos,
Espelhos líquidos do firmamento…
E orava no murmúrio doce e lento
Dos ventos elevando brandos hinos
Ao Senhor sob as verdes ramarias.
Passava o tempo em divinais instantes
Junto aos pássaros livres e cantantes
Socorrendo as profundas agonias
Dos aflitos tombados pela estrada…
Servo do Cristo e nobre tarefeiro,
Se pudesse abraçar o mundo inteiro
Toda a Terra andaria iluminada
Pelas alvas candeias luzidias
De seus olhos ardentes de bondade
Vertendo abençoada claridade,
Orvalhando de luz noites e dias…
O amigo da pobreza nos convida,
E espera que num gesto de coragem
Acolhamos agora a sua mensagem
Tão amada e também tão esquecida…
Buscar luz e verdade e compreendê-las
Foi conquista de poucos entre vós…
Caminharam anônimos e sós
Elevando-se à pátria das estrelas…
Franciscanos
(Psicografia Lucimar Mantovani) 30/12/2010