O Senhor da Terra se fez criança
E no seio cálido de Maria
Aninhou-se a Promessa da Esperança
Tantas vezes cantada em profecia…
Do Infinito desceu co’a lira mansa
Destinada às canções de cada dia,
Repartiu entre nós a sua herança
De paz, esperança e alegria.
Veio sem trono e ocultou seu manto
De sóis tecido em fráguas* siderais…
E sobre os ventos derramou seu canto
Na mais perfeita síntese da Lei:
“Sempre o bem que vós todos desejais,
Aos outros esse mesmo bem fazei.”
*frágua: forja, fornalha
Nova Lira
O Senhor veio