Quando o sol se derrama nas campinas
Beijando as tenras flores orvalhadas,
Tremeluzem ao longe, nas estradas,
Novas bênçãos formosas, pequeninas,
Luzernas de esperanças renovadas
Nos eternos fanais das mãos divinas
Desatam mil belezas peregrinas
Sobre as mansas e calmas madrugadas…
Quando a lua desliza de vagar
Descendo sobre os verdes arvoredos,
Ouço o vento cantando seus segredos,
Talvez longas histórias de além- mar…
Percebo Deus em tudo o que conheço
Regendo a mais perfeita sinfonia
Da vida entretecida a cada dia
Na certeza de um novo recomeço…
Deus me fala no som das águas calmas,
No murmúrio da brisa entrincheirada
Nos perfumes agrestes da galhada.
Deus adentra o recôndito das almas…
Ele é o sol dos Espíritos… É a Paz,
É o orvalho bendito refrescando
Silencioso e sereno, sempre amando…
Deus é o Todo em que nada se desfaz.
Amigo da Casa (Lucimar)
Poema psicografado por Lucimar Laidens – mês 10/2009 – CEC Dias da Cruz – Passo Fundo RS