Mas os sumos sacerdotes deliberaram matar também a Lázaro

João 12:10

Interessante observar as cogitações do farisaísmo, relativamente a Lázaro, nas horas supremas de Jesus.

Não bastava a crucificação do Mestre. Intentava-se, igualmente, a morte do amigo de Betânia.

Lázaro fora cadáver e revivera, sepultara-se nas trevas do túmulo e regressara à luz da vida.

Era, por isso, uma glorificação permanente do Salvador, uma cura insofismável do Médico Divino.

Constituiria em Jerusalém a carta viva do poder do Cristo, destoava dos conterrâneos, tornara-se diferente.

Considerava-se, portanto, indispensável a destruição dele.

O farisaísmo dos velhos tempos ainda é o mesmo nos dias que passam, apenas com a diferença de que Jerusalém é a civilização inteira.

Para ele, o Mestre deve continuar crucificado e todos os Lázaros ressurgirão sentenciados à morte.

Qualquer homem, renovado em Cristo, incomoda-o.

Há participantes do Evangelho que se sentem verdadeiramente ressuscitados, trazidos à claridade da fé, após atravessarem o sepulcro do ódio, do crime, da indiferença….

O farisaísmo, entretanto, não lhes tolera a condição de redivivos, a demonstrarem a grandeza do Mestre. Instala perseguições, desclassifica-os na convenção puramente humana, tenta anular-lhes a ação em todos os setores da experiência.

Somente os Lázaros que se unam ao amor de Jesus conseguem vencer o terrível assédio da ignorância.

Tem, pois, cuidado contigo mesmo.

Se te sentes trazido da sombra para a luz, do mal para o bem, ao sublime influxo do Senhor, recorda que o farisaísmo, visível e invisível, obedecendo a impulsos de ordem inferior, ainda está trabalhando contra o valor de tua fé e contra a força de teu ideal.

Não bastou a crucificação do Mestre.

Também tu conhecerás o testemunho.

Título: Também tu

Autor: Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier

Livro: O Evangelho por Emmanuel: Comentários ao Evangelho Segundo João

Também tu
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